Comecei a ler Amy & Roger ainda em 2014,
lá pra Outubro/Novembro, e só terminei em Fevereiro. Um começo monótono e sem
graça, e uma ressaca literária horrível não me deixaram continuar. Mas olha,
ainda bem que eu me forcei a terminar (foi uma coisa meio “continue a nadar”, da Dori). O final valeu o
sacrifício.
A
história é basicamente as aventuras de uma road trip pelos Estados Unidos, mais
uma parcela de drama envolta à personagem principal (pelo menos na primeira metade). Achei a Amy muito chata no
começo, apesar de ela ter um motivo para agir de certas formas, e o Roger
também não me agradou muito, com dramas que pra mim não faziam sentido. Porém,
lá pelas últimas 150 páginas, o livro se torna excelente, e os personagens mudam
da água para o vinho. Não é uma mudança que acontece do nada, ela vai sendo
construída. E para mim esse é o ponto mais importante do livro: o crescimento
pessoal das personagens.
Grande parte das mudanças ocorre por causa
dos personagens secundários que vão aparecendo no decorrer do livro (algumas
vezes muuito melhores que os protagonistas), com seus diálogos engraçados e
inspiradores. Cheguei até mesmo a torcer para Amy ficar com um deles, em vez de
com o Roger (ô casalzinho que enrolou, viu).
Os próprios estados americanos viram
personagens, e o livro é cheio de fotos e notas fiscais que “comprovam” a
viagem. E é aí que entra a parte mais
legal de todas: a Morgan Matson realmente fez essa viagem! No final do livro
ela mostra algumas fotos que tirou, e dá umas dicas e uma ideia da playlist
perfeita. Achei esse toque superfofo e mostra como a autora se dedicou.
Apesar de a história central ser bem
previsível, o livro em si não o é, por ter sempre uma surpresa em cada cidade,
um desenho na margem, uma playlist no início do capítulo, um diário de viagem
mesmo, em que a Amy anota suas observações.
O livro ainda não foi lançado no Brasil, e
espero que alguma editora faça isso logo. Estou ansiosa para ler outros livros
da autora e tenho certeza que ela ainda terá muitos fãs por aqui.