Não sou muito de assistir a filmes
franceses, mas resolvi dar uma chance a esse, por ter ouvido ótimas críticas e
por ser do mesmo diretor de Intocáveis,
Eric Lartigou. Fui sem saber quase nada da história, e me surpreendi.
Paula (Louane Emera), 16 anos, é a filha
mais velha de uma família de surdos, e a única que escuta e fala, então serve como intérprete dos pais e do
irmão para tudo. Eles moram no interior, e sobrevivem vendendo queijos em uma
feira local. Na volta às aulas, Paula
resolve participar do coral da escola para ficar perto do garoto de quem gosta,
e tem uma surpresa quando seu professor reconhece nela uma verdadeira artista.
Ela então começa a treinar escondido para um concurso de uma rádio parisiense,
e precisa enfrentar o preconceito dos pais para com esse mundo não-surdo.
O elenco é meio desconhecido, mas não tenho reclamações.
A própria Louane foi descoberta no The
Voice francês. A trilha sonora, uma das minhas coisas preferidas sobre o
filme (estou ouvindo agora, inclusive), é emocionante, mas pode cansar um pouco
por ser repetitiva.
Apesar do enredo simples e do final um pouco
previsível, o filme rende boas reflexões para toda a família, e nos diverte e
emociona na medida certa. Todos saíram do cinema com lágrimas nos olhos, e eu
saí com a sensação de ter visto um dos meus favoritos do ano.
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