Depois de ler “Anexos”, fui correndo procurar os outros livros da autora publicados no Brasil. Como quero muito ler “Eleanor & Park”, deixei esse por último e li “Fangirl”, outro sobre o qual só ouvi coisas boas.
O livro conta a história de Cath, escritora
de fanfics recém-chegada à faculdade, passando por vários aspectos da vida
dela, como a relação com a irmã gêmea idêntica, Wren, o pai instável, a mãe
ausente, garotos, professores e provas. Alguns aspectos do livro podem parecer “mais
do mesmo”, mas acho que a autora foi bastante original, principalmente na reflexão
sobre as fanfics serem plágio ou não. Sobre esse assunto, vou indicar um vídeo
de uma das minhas booktubers favoritas, Ariel Bissett, em que ela aborda a questão
de fanfics serem literatura (vídeo em inglês).
De imediato já bateu aquela identificação com
a personagem principal, Cath. Tirando o fato de escrever fanfics, acho que
somos bastante parecidas (escritoras, antissociais e com medo de mudanças).
Esse laço com a personagem, as partes de romance e a colega de quarto de Cath,
Reagan (melhor personagem do livro), foram o que me mantiveram lendo até o fim.
Não sei se foi porque li pelo celular, e não
o livro físico, mas senti falta de alguma coisa, e as partes das fanfics e do
livro em que elas são baseadas (uma espécie de Harry Potter fictício-fictício ops) não me agradaram muito,
cheguei a querer pular algumas partes direto para o próximo capítulo. Acho que
foi uma coisa bem pessoal minha (ou do meu cérebro, que entrou em pane mudando
a chavinha jovem adulto contemporâneo –
fantasia). Mesmo assim tenho de reconhecer o trabalho muito bem feito da
autora ao criar três histórias dentro de uma só.
Uma das cenas de que eu mais gosto é a que
explica os nomes das personagens principais, Cath e Wren. Talvez ela seja
considerada banal no decorrer do livro, mas me fez sorrir e ficar pensando
naquilo por um bom tempo.
Mesmo que esse livro não chegue ao top 10 do ano, foi, no geral, uma leitura
muito boa.
Assim como a outra resenha, essa ficou excelente e cumpriu aquilo que deve fazer sem cometer o que pode ser um erro ou não, mas, certamente, diminui a graça da leitura: contar coisas demais da história. Quanto a estória/história, percebe-se que essa talvez seja não tão boa quanto a anterior, principalmente a parte de fanfic, que, sendo um tema meio piegas e brega, tem de ser trabalhado com uma primazia excepcional. All in all, suas resenhas tem uma qualidade esclarecedora, no mínimo, considerável.
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